A Arte no Concretismo

Arte Concretista

Movimento que surge nos anos 50 como uma evolução do abstracionismo arte firmada nas formas geométricas. 

 

Max Bill vencedor da 1ª Bienal de Artes de São Paulo em 1951 diz que a arte se apresenta como pura criação, pois não necessita de modelos naturais.

Max Bill. Harmonie der Saulen, 1979. Litografia.

Max Bill - Múltiplo / Acrílico - 1938/75

Max Bill – artista responsável pela vinda do Concretismo 
para o Brasil. 

O concretismo se apresentou na Alemanha, França, Estados Unidos, Inglaterra e Escócia, no Brasil surgem oficialmente em 1956 com a exposição de Arte Concreta realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo reunindo trabalhos dos artistas de São Paulo e Rio de Janeiro.

A Arte Concreta visa discutir a nova linguagem plástica, uso de figuras abstratas união entre a forma e o conteúdo numa busca de uma forma precisa.

Waldemar Cordeiro 

Características Principais são:

_ Envolvimento do raciocínio e ciência, baseado no rigor geométrico e na matemática;

_ Uso de figuras abstratas, bidimensional;

_ Elementos plásticos, planos e cores;

_ Arte autônoma que remete a realidade e próxima das formas arquitetônicas ou esculturais.

_ Artes visuais não figurativas, leituras através de diversos ângulos, arte abstrata de efeitos ópticos.

Arte Concretista no Brasil

No Brasil dois grupos se apontavam na arte, o do Rio de Janeiro e de São Paulo. No Rio se destacaram Lygia Clark e Hélio Oiticica e o de São Paulo em um estilo mais rígido, Waldemar Cordeiro e Luiz Sacilotto entre outros grandes expoentes da época como também Ivan Serpa. 

Lygia Clark posa com obra da série "Unidade"

Lygia Clark "Trepante" 1959

Lygia Clark "Plano em superfícies moduladas" 1956

Hélio Oiticica, Metaesquema,1958 ( guache sobre papel).

As reações dos abstratos eram diversas. Hélio Oiticica, com a obra ´Vermelho cortando o Branco´, fazia alusão ao geométrico

Waldemar Cordeiro "Movimento"

Waldemar Cordeiro "Idéia Visível"

Luiz Sacilotto

  

Obras de Luiz Sacilotto no Sesc Santo André

Ivan Serpa "Formas" 1951

Pintura Metafísica

Estilo Italiano presente no século XX criado por Giorgio de Chirico, com participação de Carlo Carrá e mais tarde Giorgio Morandi.

As obras apresentam um cenário onírico, irreal e sobrenatural, com ênfase nos efeitos de luzes, sombras e cores ricas num universo que antecipa o surrealismo.

As obras de Chirico parecem não ter muito sentido, com a representação do mundo dos sonhos e negação do presente dirigindo-se a realidade metafísica ditada pelo pensamento e ausência do controle da razão.

Entre suas obras destacam-se: Retrato Premonitório de Apollinaire, A conquista do Filósofo, Heitor e Andrômaca e as Musas Inquietantes, Retorno de Ulisses. 

Musas Inquietantes (Giorgio de Chirico)

O Retorno de Ulisses ( Giorgio de Chirico)

Heitor e Andromaca (Giorgio de Chirico)

Canção de amor ( Giorgio de Chirico)

Alguns elementos presentes são as ruínas, colunas, cavalos, manequins e figuras humanas fora de seu ambiente.

No Brasil a influência aparece presente em obras de Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Candido Portinari e Iberê Camargo.

Arte De stijl - Neoplasticismo

De Stijl – Neoplasticismo

Movimento de vanguarda formado por um grupo livre de artistas na Holanda em 1917, com a publicação da revista De stijl (O estilo), tendo seu auge entre 1921 e 1925, em uma tendência contemporânea de pintura não representativa.

  

Capa original da revista De Stjil 

O termo Neo Plasticismo e De Stijl não se separam, pois o elemento neoplástico está inserido na revista De Stijl, (Neoplasticismo) é um movimento estético, social, filosófico, marco da Arte Moderna.

Entre os seus representantes estavam, Van Doesburg, o pintor Piet Mondrian, o designer Gerrit Rietveld, Bart van der Leck entre outros.

Theo Van Doesburg © Tate 

Theo van Doesburg
Cornelis van Eesteren, Model Maison d’Artiste, 1923
Reconstruction 1982

Theo van Doesburg, Composition XXII (1920-1922)

Bart van der Leck

O que compunha o estilo eram as três cores primárias, mais o preto e o branco juntamente com o ângulo reto.

Composition in Yellow, Blue, and Red, Piet Mondrian

No campo da pintura Mondrian foi um grande expoente, pois rompeu com a arte figurativa, para trabalhar com uma pintura mais geométrica, caracterizada por formas retangulares em relação a uma linha ou plano. O cubismo marcou fortemente suas composições, que são únicas de reconhecimento imediato e muito utilizada até hoje em dia na indústria cultural.

Piet Mondrian (1872-1944)
neoplasticismo -Stijl-

Piet Mondrian

No design esteve presente em mobiliários, instalações e cenários, havendo uma troca juntamente com a Bauhaus pelo ideal neoplástico popularizando a produção de consumo de obras com inspiração no tema, um exemplo é a Cadeira Rietveld, nas cores azul, amarela e vermelha, de aspecto futurista num jogo de linhas, planos e cores.

 

Red and Blue Chair designed by Gerrit Rietveld in 1917.

Principais características do estilo:

- Destaque de obras abstratas e geométricas com formas retangulares;

- Influência do pensamento teosófico;

- Uso de cores primárias (vermelho, azul, branco, preto, amarelo);

A evolução estética e programática do Movimento De Stijl pode ser dividida em três fases:

1º fase de 1916 a 1921, formativa e centrada na Holanda.

2º fase de 1921 a 1925, de maturidade e de disseminação Internacional.

3º fase de 1925 a 1931, de transformação e dissolução final.

Na Arquitetura a “Casa Schroder” cosntruída em Utretcht, é típica do estilo De Stijl projeto de Thomas Gerrit Rietveld, seguindo as normas rígidas do período, com linhas retas, planos e cores básicas, sem elementos ornamentais, com preocupação do elemento estrutural.

 

Designer Internacional Gerrit Rietveld

digital image of the Rietveld-Schröder house.

Casa Schroder

A Arte no Dadaísmo

Arte Dadaísta

Surgiu entre 1916 e 1922 como movimento artístico e literário, teve origem em Zurique na Europa e Nova York, e as cidades que o movimento se tornou mais expressivo foram, Berlim, Hanover, Colônia e Paris.
Os Dadaístas queriam chocar a sociedade, com um espírito de protesto e provocação contra uma sociedade que consideravam responsáveis pelos estragos da primeira guerra mundial, era formada não uma arte, mas sim uma anti-arte, pois ignorava a estética, um movimento radical que contestava a tudo e a todos.

Dada 1, ed. Tristan Tzara (Zurich, July 1917), cover, and Dada 2, ed. Tristan Tzara (Zurich, December 1917), cover.

A versão que se conhece sobre o nome desse novo estilo, é que foi um nome escolhido aleatoriamente, pois ao ser aberto um dicionário ao acaso apareceu a palavra “dada”, que foi aceita por um grupo de artistas. A própria palavra dadá não tem outro significado senão a própria falta de significado para o período, no dicionário dada significa “cavalinho de brinquedo”.

Entre os principais nomes do movimento se destacam, na Alemanha Richard Huelsenbeck, R. Hausmann, Johannes Baader, John Heartfield, G.Grosz, Kurt Schwwitters, Max Ernst. Nos Estados Unidos, Francis Picabia e Marcel Duchamp e Man Ray que foi elo de ligação com Albert Gleizes  na Espanha, e também se associando ao grupo de Tzara e Arp em Zurique.

Algumas características do movimento são: a subversão, o niilismo, a irreverência, anarquia, ceticismo, improvisação, crítica ao capitalismo e consumismo entre outros.

Richard Huelsenbeck Dada

Litografia e fotocolagem em papel (Raoul Hausmann)

A Berlin saying (John Heartfield) 

Republica automatons (G. Grosz)

Dada Max Ernst - Inauguração da exposição na Galerie au Sans Pareil, Paris, 2 de Maio de 1921

La nourrice americaine (Francis Picabia)

Cadeau  1921(Man Ray)

Marcel Duchamp é um ponto alto da estética, pois, junta a improvisação, a experimentação e a desordem, como a apresentação do Urinol ao Salão dos Independentes em Nova York, causando comoção no meio.

Marcel Duchamp, The Fountain

Bicycle Wheel (Marcel Duchamp)

Marcel Duchamp sitting behind example of Dada art

A Pintura no dadaísmo foi guiada por um instinto de anarquia e forte niilismo, temas como anti mecanismos ou máquinas de nada, definiam o momento; sem contar que os títulos jamais tinham qualquer relação com o objeto central da obra. A colagem teve papel presente como meio ideia de expressão, com materiais escolhidos ao acaso, estapafúrdios com o sentido de desconcertar e provocar o público, apesar da falta de sentido o movimento protestava contra a loucura da guerra.

Colagem dadaísta

                                                       Kurt Schwitters. Estrelas, 1920. Colagem.




Manifesto dadaísta: "Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou nem para nem contra e não explico por que odeio o bom-senso." Tristan Tzara