25 junho 2012

Semana de Arte Moderna 1922

Semana de Arte Moderna

   

A Semana de Arte Moderna aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13,15 e 17 de fevereiro de 1922, com a finalidade de apresentar novas idéias e conceitos artísticos que marcaram uma nova época, é um período de liberdade de criação e ruptura com o passado com tendências acadêmicas europeias.

São Paulo ainda estava um passo atrás do Rio de Janeiro em termos culturais, era um período em que o país passava por uma transição de um país agrário para um país urbano ainda sem planejamento e infraestrutura, a semana de 22 serviu para inserir São Paulo no mapa cultural brasileiro por ser um grande centro industrial era uma forma de se mostrar para o restante do país.

Com adesão da burguesia cafeeira o Teatro Municipal foi alugado, para mostrar um novo tipo de arte que era contrária aos padrões tradicionais parnasianos do séc XIX.


Teatro Municipal

Foi um movimento a princípio despretensioso, mas que com o tempo foi ganhando proporções, a imprensa da época se dividia entre ridicularizar e enaltecer o evento; o teatro ficou entre vaias e rompantes, pois, não caiu no gosto público da época, gosto de uma burguesia mais conservadora com padrões estéticos.

No período não foi um tema de discussão da população, o povo não teve participação direta pois, os ingressos não eram baratos, naquele momento foi um evento mais restrito só posteriormente tendo grandes desdobramentos na cultura brasileira.



O público participante não estava preparado para as novas idéias, estavam acostumados com uma arte acadêmica do gosto burguês e derrepentemente se depararam com quadros expressionistas de Anita Malfati causando polêmica e choque nos presentes.

Anita desde 1914 tentava romper com a barreira acadêmica, em 1917 marca o início da Arte Moderna no Brasil com influência dos movimento cubista, expressionista e futurista, gerando polêmica nas artes e sendo duramente criticada por Monteiro Lobato episódio que incentivou a realização da Semana da Arte Moderna.


O homem amarelo (Anita Malfatti)

Tarsila do Amaral não estava presente pois, se encontrava em Paris, mas figurou fortemente no movimento modernista fazendo parte do grupo dos cinco juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia.


Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade.


Da esquerda para a direita: Brecheret, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Helios Seelinger

Apesar de ser alvo de críticas a Semana de Arte Moderna veio a ganhar importância ao longo do tempo com divulgação nas revistas Antropofagia e Klaxon e pelos movimentos Pau-Brasil, Verde-Amarelo e Antropofágico.

   

Principais Artistas: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Heitor Villa-Lobos, Di Cavalcanti entre outros. 

Os artistas tentavam de um lado recuperar as raízes nativas brasileiras e de outro lado se inspiravam nas vanguardas de Paris, graças a esse movimento foram introduzidas novas formas de fazer e pensar arte no Brasil, foi um movimento marcado pela ambiguidade entre vaias e aplausos, mas que quebrou com padrões estéticos tradicionais sendo um importante marco para o Modernismo brasileiro.

04 junho 2012

OP ART


Op Art





Expressão Artística que surgiu na Europa e desenvolvendo-se também nos EUA por volta de 1960. Esse termo foi empregado na Exposição "The responsive eye" (Olho que responde), no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque em 1965.

   

Op Art é a abreviação da palavra inglesa "Óptical Art", (Arte Óptica), uma expressão de arte com características de ilusões óticas visualizadas de forma abstrata em que são explorados os sentidos visuais dando a sensação de movimento e vibração à pintura.

Principais características:

- Uso de cores vibrantes para criação de efeitos visuais;
- Utilização de elementos gráficos dinâmicos;
- Sobreposição, movimento entre o foco e o plano de fundo;
- Formas abstratas;
- Ilusão de perspectivas e contrastes entre o preto e o branco.


Considera-se na verdade que Op Art seja uma vertente de outras linhas artísticas, não sendo própriamente um movimento, mas trazendo idéias de antecedentes imediatos como os movimentos de vanguarda sendo o cubismo e abstracionismo, com efeitos visuais e técnicas parecidas. 

Victor Vasarely pintor hungaro é conhecido como o pioneiro da arte Op Art, criou estruturas em preto e branco de início com uso de figuras geométricas, e com as cores chapadas criava também o efeito da tridimensionalidade.

Victor Vasarely

La Fondation Vasarely  La Fondation Vasarely

La Fondation Vasarely    La Fondation Vasarely

Alguns dos principais artistas são: Victor Vasarely, Richard Anuszkiewicz, Bridget Riley, Kenneth Noland, Larry Poons, Alexander Calder, Youri-Messen-Jaschin, Jaacov Agam.

Op Art                                      Richard Anuszkiewicz
Richard Anuszkiewicz: Templo do amarelo radiante    Richard Anuszkiewicz: Red and Blue

        
 1965 Arrest I (emulsion)  Bridget Riley       1967 Cataract 3 (pva emulsion) Bridget Riley

Homage to Kenneth Noland  
Larry Poons - Via Regia

Alexander Calder 

Youri Messenjaschin, Optical Artist
Youri Messenjaschin, Broadway

Youri Messen-Jaschin, Pop red

    
Yaakov AgamSolfage Fusion              Yaakov AgamSynthesis: Solfage Fusion

Apesar de ter sido uma manifestação com período praticamente curto, continua sendo muito utilizada em nossos dias com grande influência na moda, decoração, design, arquitetura, publicidade, cinema e televisão. Com a chegada do computador, trouxe novo ânimo à técnica, sendo trabalhado com rigor e matemática para criação de novos efeitos de ilusões de ótica.

Op Art na Moda
   

Op Art na Decoração
   

Op Art na Arquitetura
      melhoresfotos11.jpg

Op Art no cinema
  

Op Art efeito no computador
 



 No Brasil apesar de não termos representantes diretos temos alguns artistas que aplicam os efeitos em suas obras e podemos destacar: Ubi Bava, Israel Pedrosa, Almir Mavignier, Mauricio Nogueira Lima, Lothar Charoux, Ivan Serpa, Abraham Palatnik.

      
Ubi Bava                                      Israel Pedrosa             
                
     Almir Mavignier

Lothar Charoux -       
  Ivan Serpa                          Abraham Palatnik
Lothar Charoux                   




01 junho 2012

ARTS & CRAFTS

Arts & Crafts

     
                                                          William Morris, Strawberry Thief furnishing Textile, 1883

Movimento artístico, estético e social fundado na segunda metade do século XIX e lançado pelo escritor, pintor e designer Inglês William Morris no período da Revolução Industrial na Inglaterra.

   
William Morris aos 53 anos

Arts and Crafts significa "Artes e Ofícios", onde a principal função desse movimento era a valorização dos artesãos, mestres e aprendizes diante da Produção Industrial em massa do período.

Os objetos deveriam ter a mão do artesão e artista e pode ser considerado o primeiro movimento de Design com atuação na arte, arquitetura, artes gráficas e de grande influência para a Art Nouveau, Art Deco e futuramente também para a Bauhaus.

Principais Características:
- Defesa do artesanato em oposição a industrialização e produção em massa;
- Confecção e apresentação de objetos originais e de execução manual;
- Arte sóbria e equilibrada, desenhada por um arquiteto e executada por um artesão;
- Uso de métodos tradicionais inspirados na natureza;

Morris juntamente com o arquiteto Philiph Webb fundaram a marca Morris e Arquitetos com produtos artesanais de alta qualidade que conquistou e fez grande sucesso entre a burguesia; os mobiliários, têxteis e objetos apresentavam características góticas e foram influenciadas pelas idéias românticas de John Ruskin.




      william morris arts and crafts wallpaper using acanthus leaves
William Morris Wallpapers

Os princípios básicos que Morris adotou para o funcionamento da Arts and Crafts foram:
- Princípio da técnica com uso da ferramenta;
- Princípio do material com qualidade e magnitude;
- Princípio da função pelo uso do material;
- Princípio da composição pela elaboração do design.



Photo shows workers printing chintz by hand at the William Morris Works at Merton Abbey
A foto mostra trabalhadores impressão chintz à mão na William Morris Obras em Merton Abbey




AE384 Arts & Crafts Stained Glass Windows  Set of Four Arts & Crafts Windows AE496  AE446 Arts & Crafts Stained Glass Window

Arts and crafts Iron Gate
These large gates measuring 14ft width and 12ft high are fine and imposing examples of our arts and crafts design.

drawing of an Arts and Crafts Gate
Estas portas grandes medindo 14 pés de largura e 12 pés de altura estão belas e impõe exemplos de nossas artes e design de artesanato. Arts & Crafts
http://www.peterweldon.co.uk

No Brasil o Liceu de Artes e Ofícios presentes em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia estabeleceram a valorização do trabalho artesanal, artes decorativas , trabalhos de pinturas, tapeçarias e objetos; mais tarde com a proximidade do trabalho da arte e da industria estabelece-se a criação visual da fotografia e do desenho industrial.