Arte Gótica
A Arte Gótica desenvolveu-se na Europa Ocidental, do século XII até inicio do século XVI, mais especificamente na França no fim da Idade Média. Devido a expansão das cidades as catedrais passaram a ter grande importância, pois além de serem grandes locais públicos tinham a função de passar os ensinamentos das leis divinas.
Os Italianos da renascença utilizaram o termo gótico por considerar a Idade Média como idade das trevas por causa dos godos tribo bárbara da Europa, só que, nada tem a ver com esse povo, pois nasceu com a arquitetura religiosa da Normandia e da Borgonha.
A Pintura Gótica produzida principalmente com fins religiosos tem como característica o realismo na representação das obras, com forte objetivo de criar emoção no espectador, voltando a transmitir a ilusão de espaço e volume; aplicando a perspectiva, o claro e o escuro com fundo dourado. A linguagem das cores tinham uma função, o azul remetia da cor da Virgem Maria, enquanto o marrom a de São João Batista. Os principais artistas são: Jan Van Eyck, Giotto e Simone Martini entre outros.
Anunciação - Simone Martini
Imagens devocionais, os ícones, geralmente entronizavam as figuras de Cristo e de Nossa Senhora. Grandes mestres góticos criaram imagens de grande pureza e força persuasiva e espiritual. Com suas belíssimas vestes, as imagens narram pictoricamente uma intensa espiritualidade em que se vê um Cristo, ladeado pela Virgem e por anjos vindos do céu.
Obra de Giotto di Bondone, Joaquim expulso do templo.
Iluminura ou miniaturas ganhou forma na decoração e ilustração em grandes livros litúrgicos (Bíblia e Evangelhos), como em objetos preciosos e manuscritos ilustrados.
Iluminura da Bíblia Morgan
O Vitral, método de unir pedaços de vidro colorido através de chumbo, surge como elemento de expressão que veio iluminar e decorar catedrais, com temas religiosos. Além de filtrar a luz os vitrais tinham a função de transmitir informações sobre as escrituras para as pessoas que não sabiam ler.
Catedral Notre Dame de Paris, seus vitrais filtram a luminosidade para o interior da Igreja.
As Esculturas góticas aparecem em Paris, a princípio os escultores trabalhavam em túmulos, trabalhos formais e estilizados, posteriormente passaram a decorar o interior e exterior das igrejas com figuras religiosas e gárgulas. Elas seguem a arquitetura com formas alongadas, direcionadas para o alto, e com o tempo vão adquirindo uma forma mais natural e dinâmica, com formas arredondadas e expressão da beleza e ideal do divino.
Esculturas de um dos portais da Catedral de Notre-Dame de Paris
A foto acima mostra um Gárgula, esculturas que serviam para espantar os demônios.
Na Arquitetura as catedrais tem características marcantes com os arcos ogivais, vitrais coloridos e rosáceas. A crença na existência de Deus demonstra um plano superior, tudo se volta para o alto, logo a arquitetura projeta-se para o céu com formas ponteagudas, as paredes eram a base espiritual, os pilares representavam os santos, os arcos o caminho para Deus.
Catedral de Chartres tem pilares que sustentam as paredes
Características gerais:
Verticalismo dos edifícios substitui o horizontalismo do Românico;
Paredes mais leves e finas;
Contrafortes em menor número;
Janelas predominantes;
Torres ornadas por rosáceas;
Utilização do arco de volta quebrada;
Consolidação dos arcos feita por abóbadas de arcos cruzados ou de ogivas;
Nas torres (principalmente nas torres sineiras) os telhados são em forma de pirâmide.
Catedral de Notre Dame
As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres.
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